sábado, 26 de março de 2011

Um texto da Mizy...

A mala já está pronta....Hoje o sono voou , estou com aquela felicidade interna que faz borbulhas no cérebro:)
Apesar do cansaço que tenho sentido e da pouca vontade de escrever ,ainda tenho forças para partilhar...

Partilho um texto da Mizyyy que me fez SUUUrrir :)Leiam , sejam felizessss e não normalizem:):):)«Normalizar é uma chatice.»

«Pode parecer estranho mas: gosto de sentir, naturalmente, que não me enquadro.
Não me enquadro em muitos conceitos - detesto conceitos! Faz-me confusão as definições, as generalizações, as abstracções teóricas.
Não finjo, não forço, não aumento: sou-me, apenas eu, na medida (in)certa.
Gosto de me sentir sem travão: não me travo de dizer o que penso, não me travo de sentir, não me travo de tentar, de ir, de continuar a procurar, nunca – mas mesmo nunca – me travo de continuar a acreditar.
Não me enquadro porque não me sei enquadrar. Não aceito o “tem que ser” socialmente imposto, prefiro ouvir o “tem que ser” que o coração grita.
Não suporto o ficar sentado à espera que a vida aconteça, que as coisas mudem, que o amanhã venha e – quem sabe – nos traga os sonhos embrulhados. Prefiro correr atrás, até ficar sem fôlego, sem chão, sem opções.
Prefiro esgotar as hipóteses, do que esperar que as dúvidas me esgotem a mim.
Não me enquadro e nunca me vou enquadrar.
Já não sei queixar-me do que não tenho. Já não consigo caminhar na rua de cabeça baixa, já não tenho paciência para lamúrias, para fraquezas de espírito, para vontades apáticas.
Não me enquadro: não quero ser rebanho, não sou número, não sou nada. Mas, no meio de tantos nadas: assumo ser um nada diferente.
A este desenquadramento crónico costumam chamar loucura: que seja.
Calar a voz é covardia, andar em bando é uma opção, responder em uníssono é bizarro, viver de consensos é assustador.
Não me pesam os olhares pseudo-superiores e já nem sequer decifro os comentários fúteis de almas clonadas. Não guardo rancores e não embarco em vinganças. Não copio modas nem calo opiniões. Não me deixo dominar pela inveja, nem queimar pelo fel corrosivo de algumas bocas. Razão avariada, coração sobrelotado: vivo de paixões, de desafios (im)possíveis, de emoções. Ridiculamente autêntica, ingenuamente crente, assumidamente imperfeita - não enquadrada.
Normalizar é uma chatice.»

marisa, 25 mar. 2011

3 comentários:

Isa GT disse...

Fazer a mala? Espero que vá meia vazia, senão onde vão caber... os lenços, os colares, os brincos... os tecidos...

Bjos e boa viagem

Laura disse...

Pois é minha querida...ainda sou muito destravada e mal interpretada por escrever apenas o que penso, dizer o que penso...enfim, na vida paga-se tudo até por ser verdadeira...mas cá dentro sinto-me lindamente, pois sou eu..serei sempre euzinha, a pariga que gosta de tudo às claras.

um beijinho às duas.

laura

Marina Ribeiro disse...

Bastante... de acordo...