domingo, 14 de outubro de 2012

Séima legião, o concerto do coração...

Vibramos com o concerto..
Senti-me a verdadeira teenager :):)
Saltamos e demos abraços...
Sorrimos e ficamos cheios de energia.
Uma inspiração para alma.
De uma energia fantástica...
E são estes momentos que nos fazem sentir vivos e felizes:)


Bodas de prata de Amizade já passaram...

Agora estamos a caminhar para as bodas de diamante...
Quando vi esta foto que tem vinte anos , griteiiiiiiii...
E pensei estou com um abcesso na cara só pode.
Que medo...
Depois de umas boas gargalhadas , olhamos-nos e fizemos contas...
Estamos juntas à tanto tempo e isso deixa-me tão feliz...
A minha  palavra, a palavra que eu quero para sempre é Amizade:)
Temos tantas histórias...
Desde a catequese ...
Desde o coro ...
Desde a nossa primeira ida ao Batô...
Desde os desabafos de amores e desamores...
Desde o colinho...
Desde os segredinhos...
Desde os momentos mais duros das nossas vidas aos momentos mais felizes...
Emociono-me...
Claro que me emociono...
E estes momentos vão ser nossos , para sempre...
Adoro-vos:)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A foto que me fez sorrir...

Tenho um pressentimento que vou morrer aos 42 anos...
Já algum tempo tenho  este feeling...
Acho que quando passar a barreira dos 42 , vou lançar foguetes e fogo artificio:)
Mas não vivo condicionada com isto , é só um feeling:)
Mas a verdade é que gostava de tirar uma foto destas..
Adorava ser a senhora da saia ás flores:):
Está um mimo!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Irresistivel...

Diz SUUUUUUU:)
Pepita pensas em mim quando estás a fazer os teus vestidos ou queres que entre em falência?

A camisa verde...

Deve ter uns vinte anos...
Era da minha Mamy...
Hoje vesti-a...
Senti-me nostálgica e feliz...

domingo, 7 de outubro de 2012

A verdade é que ando...

Pensativa...
E as vezes isto é desanimador...
Mas não se pode baixar os braços..
E temos que restablecer as energias...
Por isso...
...

Mais uma vez...fez-me pensar!!!

Sobre a morte da Margarida Marante...

Mulheres que amam demais.

Hoje morreu uma mulher que tinha tudo para dar certo e que deu completamente errado e isso pôs-me a pensar. A pensar nas mulheres que amam demais.
É preciso ser-se absurdamente inteligente para amar demais porque o amor assim enorme é uma grandeza física inexplicável como a energia. Tal como a dita energia, não se sabe o que é um amor destes mas sabe-se o que ele não é.
...


Por não se poder compartimentar, medir ou classificar com uma grandeza vetorial é preciso utilizar uma parte do cérebro que os comuns mortais normalmente nem sabem que existe, um espaço obscuro e violento, dotado de uma capacidade estrondosa de sentir.
Para se sentir, sem medidas, é preciso ser-se extremamente corajoso, intrépido, até.
Uma mulher destas não ama como amam as outras, ama como uma louca. Sem pudores, sem códigos, sem regras, violentamente. Prendam-na, critiquem-na, excluam-na, que lhe importa, nada pode fazer contra a sua natureza e só deixará de amar assim quando morrer.
Ela não ama o outro como outro ente em inter-acção, disso é o que há mais por aí, ela ama-se a si mesma porque engoliu o outro e o pôs dentro de si e é por isso que se ficar sem ele caminhará pelas ruas perdida com o olhar vazio dos dementes.
Esta mulher não perdoa porque os erros próprios já estão explicados antes de serem cometidos, não se afasta porque ninguém consegue alienar-se de si mesmo mas sofre porque passa a ter o dobro das dores e mantem um único coração para as amparar.
Eu conheci a Margarida em pequena, eu tinha 10 anos e ela uma aura sedutora que só teem as pessoas que sabem que teem direito a tudo. Muitos anos mais tarde, no novo milénio, a aura mudou, era a de quem tem tudo, ponto final.
Que pena ter morrido. Não sei. A vida só se dá para quem se deu, já dizia o poeta, e as mulheres assim dão-se todas, inteiras, com a força que tem a verdade de um código genético ancestral. Quando já não houver nada que as sustente naquele Olimpo mágico e exclusivo, não lhes peçam para que desçam à terra e falem sobre sapatos, seria corromper a própria natureza e as pessoas inteligentes não fazem isso.
As mulheres muito inteligentes sabem, ao contrário das outras, que a sua condição de mulher implica amar assim, desmesuradamente, e é por isso que se eviscerarem o móbil do seu amor de dentro de si nunca mais sorriem e fica-lhes o coração a bater descompassado, que o coração é músculo forte mas há dores que nem ele aguenta.
A descoordenação e a dor de quem anda com parte do corpo arrancado é muito triste de se assistir e torna até a mais bela das mulheres numa Carlota Joaquina despenteada a bater com os sapatos no casco do navio.
Se o coração cresce, cresce até sair pelos olhos, pela boca, pela pele quando se vive o amor desta maneira, também mirra quando ele acaba, vai encolhendo e secando até não ser mais do que uma ervilha, aliás, ao pé de um coração que amou daquela maneira, uma ervilha é uma grande coisa.
O problema é que numa ervilha não cabem duas aurículas e dois ventrículos, teem de se partir para lá caber e toda a gente sabe que um coração partido deixa de bater.

Patricia Motta Veiga

Fez-me pensar...

Contribuição para a estatística

Em cada cem pessoas:
Sabendo tudo mais que os outros:
-cinquenta e duas,

Inseguras de cada passo:
-quase todas as outras,

Prontas a ajudar
desde que isso lhes não tome muito tempo:
-quarenta e nove, o que já não é mau,

Sempre boas porque incapazes de ser de outro modo:
-quatro; enfim, talvez cinco,

Prontas a admirar sem inveja:
-dezoito,

Induzidas em erro
por uma juventude, afinal, tão passageira:
-mais ou menos sessenta,

Com quem não se brinca:
-quarenta e quatro

Vivendo sempre em angústia
em relação a alguém ou a qualquer coisa
-setenta e sete

Dotadas para serem felizes:
-no máximo vinte e tal

Inofensivas quando sózinhas,
mas selvagens quando em multidão:
-isso o melhor, é não tentar saber, mesmo que aproximadamente

Prudentes depois do mal estar feito:
-não mais do que antes

Não pedindo nada da vida excepto duas coisas:
-trinta, mas preferia estar enganado

Encurvadas, sofridas, sem uma lanterna que lhes ilumine as trevas
- mais tarde ou mais cedo, oitenta e três

Justas:
-pelo menos trinta e cinco o que já não é mau

mas, se a isso juntarmos o esforço de compreender
-três

Dignas de compaixão
-noventa e nove

Mortais:
-cem por cento.
Número, que de momento, não é possível mudar.

Wislawa Szymborska